Você Sabia?
12/05/2012
Quem foi a primeira mulher a vencer o Prêmio Pritzker de Arquitetura, em 2004?
Ícone da arquitetura contemporânea, a arquiteta e designer Zaha Hadid, iraquiana radicada em Londres, esteve no Brasil para participar da segunda edição do Arq.Futuro, encontro dedicado ao debate da arquitetura, realizado no Rio de Janeiro. A fluidez de formas e a inovação são as marcas do trabalho de Zaha,admiradora declarada da obra de Oscar Niemeyer. Apaixonada por moda e design, a arquiteta já criou peças para a Louis Vuitton e para a brasileira Melissa e mantém uma duradoura parceria com a empresa de mobiliário Sawaya & Moroni, com sede em Milão. Na passagem pelo Brasil, ela falou com a jornalista Constança Sabença.
Você é responsável pelo projeto do Centro Aquático das Olimpíadas de Londres. Em 2016, o Rio de Janeiro sediará as Olimpíadas. Do ponto de vista do espaço urbano, quais são as principais preocupações para receber um evento deste porte?
ZH: O mais importante é não tratar os projetos das estruturas criadas para as Olimpíadas de forma isolada. É preciso pensar no entorno, construir escolas e casas próximas à área. A arquitetura precisa contribuir para o evento esportivo, mas também socialmente para a cidade. No Brasil, acho importante criar espaços em que muitas pessoas consigam assistir aos jogos. Será uma oportunidade e uma grande experiência para o país pesquisar, investigar e implementar projetos de infraestrutura aproveitando este momento.
Você costuma falar sobre a influência de Oscar Niemeyer em seu trabalho. Como essa influência se aplica em seus projetos?
ZH: Minha primeira influência vem da vanguarda russa. Do grandioso trabalho de Niemeyer, tiro inspiração do uso do concreto com plasticidade, da inclusão do projeto na topografia e da ideia de abstração. Niemeyer ajudou o Brasil a se distanciar do colonialismo e atingir uma nova identidade. Ele é o precursor de uma geração de arquitetos, da qual também faço parte.
Você foi a primeira mulher a receber o Prêmio Pritzker de Arquitetura, em 2004. A expressão “a primeira mulher” a incomoda? E por ser mulher, enfrentou dificuldades no mercado?
ZH: Sim, incomoda. Enfrentei preconceito por ser estrangeira e por ser mulher. A sensação que tenho é que é difícil para os homens ver uma mulher fazendo sucesso na arquitetura, ainda mais com um trabalho ousado. Mas não quero generalizar, até porque essa resistência tem melhorado nos últimos tempos.
Você assina o desenho de uma sandália para a marca Melissa e de uma bolsa para a Louis Vuitton. Você se interessa por moda? É possível enxergar uma conexão entre moda e arquitetura?
ZH: Eu me interesso muito por moda. É uma maneira de expressar minhas ideias de uma forma diferente. E, claro, existem algumas similaridades entre arquitetura e moda: ambas atendem a uma função e passam por um processo parecido de escolha de materiais, texturas e recortes.
Como funciona sua parceria com a rede de mobiliário Sawaya & Moroni, de Milão? Você tem liberdade criativa?
ZH: Eu faço o que eu quero. (risos) Na verdade, faço muitos desenhos e alguns projetos passam por algumas adaptações posteriores, porque nem sempre é possível prever como um material vai se comportar. É um parceiro muito interessante porque eles usam muita tecnologia. Podem construir com o mesmo material um carro ou uma mesa.
Tanto na arquitetura como no design, seu trabalho busca as formas fluidas. De onde vem a inspiração?
ZH: Trabalho sempre da mesma forma. O cliente tem uma demanda, uma necessidade, e nós a preenchemos com o nosso repertório. Por isso, tudo tem o meu estilo. Desenhar pequenos produtos é muito importante para mim. É uma forma de experimentação e as peças são mais rápidas de executar do que os grandes projetos de arquitetura.
A arquiteta assina o projeto do Museu de Arte Contemporânea da Chanel. Trata-se de um pavilhão itinerante denonimado Mobile Art, de 700 m², com pátio central, terraço e teto envidraçado de 6 m de altura.
Modelo da sandália criado por Zaha Hadid para a Melissa. Segundo a marca brasileira, o desenho de formas fluidas é um dos mais inovadores da empresa.
Versão de Zaha Hadid para as iconográficas bolsas Louis Vuitton.
FONTE:http://casa.abril.com.br/materia/conheca-as-criacoes-da-arquiteta-zaha-hadid#1
Daniele de Paula
Téc. de Laboratório de Maquete
CAU -UNIP Anchieta
Danielle Santos
Núcleo de Apoio Didático
CAU-UNIP Anchieta
Téc. de Laboratório de Maquete
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Danielle Santos
Núcleo de Apoio Didático
CAU-UNIP Anchieta
A Madeira de demolição está no centro das atenções do mercado de moda.
E as vendas vão disparar.
Os produtos sustentáveis ganham cada vez mais espaço no mercado. Empresários apostam no meio-ambiente e procuram soluções para preservar a natureza. Em São Paulo, uma empresa investe na produção de móveis e peças feitas com madeira de demolição.
Tábuas velhas, rachadas, furadas. As amostras são madeira de demolição – um material raro e cobiçado hoje em dia. Para encontrá-lo, o empresário Vinicius Zanutto faz uma garimpagem em imóveis centenários. “Essa madeira vem do sul do país, são casas, arquiteturas, tulhas, que eram depósitos de café, tudo o que é destruído, demolido, vira matéria prima”, diz.
Vinicius e o sócio Dorival Capristo montaram uma madeireira em 2009. O negócio atua no mercado da sustentabilidade. E para isso, reaproveita madeiras velhas para fazer móveis, portas e pisos. São madeiras de alta qualidade, como jatobá, ipê e jacarandá. Todos em extinção. O material é recuperado em locais inusitados.
Vinicius e o sócio Dorival Capristo montaram uma madeireira em 2009. O negócio atua no mercado da sustentabilidade. E para isso, reaproveita madeiras velhas para fazer móveis, portas e pisos. São madeiras de alta qualidade, como jatobá, ipê e jacarandá. Todos em extinção. O material é recuperado em locais inusitados.
Um exemplo são dormentes de trilho de trem. Cada peça pesa uns 100 quilos. É uma madeira densa, duríssima. Dizem que não acaba nunca, aguentou por décadas o peso dos trens e ainda vai longe. Os decoradores adoram.
Outra madeira muito procurada é a peroba rosa, retirada de casas antigas. Ela tem uma característica que a torna valiosa ao longo do tempo. Décadas de sol e de chuva deixam a peroba com ranhuras. O mercado valoriza o aspecto de velho, de rústico. Um pedacinho de piso, com a madeira colocada, custa R$ 7 mil.
Trabalhar com madeira de demolição exige cuidado. Todo material que chega à fábrica é vistoriado. A busca é por corpos estranhos nas velhas peças.
Como a madeira de demolição é irregular, precisa ser escovada e alinhada em uma máquina.
Depois, recebe um banho de verniz ou seladora. Com o material são feitos móveis e objetos de decoração para a classe A e B. O velho vira chique. Na loja da empresa, o chuveiro feito com dormente de linha de trem é vendido por R$ 800. A mesa de peroba custa R$ 2.500. O painel de parede ganhou um efeito visual, e é vendido por R$ 3.500.
“Você pega a tábua original do jeito que ela era pintada na casa, só dá uma maquinada, então você vê essas marcas que é da máquina e também da tinta quando ela foi cortada lá no passado, dando um efeito um pouco mais moderno”, revela Bruno Peres, vendedor projetista. Até sobras de madeira viram dinheiro. Um quadro, por exemplo, custa R$ 500.
Outra madeira muito procurada é a peroba rosa, retirada de casas antigas. Ela tem uma característica que a torna valiosa ao longo do tempo. Décadas de sol e de chuva deixam a peroba com ranhuras. O mercado valoriza o aspecto de velho, de rústico. Um pedacinho de piso, com a madeira colocada, custa R$ 7 mil.
Trabalhar com madeira de demolição exige cuidado. Todo material que chega à fábrica é vistoriado. A busca é por corpos estranhos nas velhas peças.
Como a madeira de demolição é irregular, precisa ser escovada e alinhada em uma máquina.
Depois, recebe um banho de verniz ou seladora. Com o material são feitos móveis e objetos de decoração para a classe A e B. O velho vira chique. Na loja da empresa, o chuveiro feito com dormente de linha de trem é vendido por R$ 800. A mesa de peroba custa R$ 2.500. O painel de parede ganhou um efeito visual, e é vendido por R$ 3.500.
“Você pega a tábua original do jeito que ela era pintada na casa, só dá uma maquinada, então você vê essas marcas que é da máquina e também da tinta quando ela foi cortada lá no passado, dando um efeito um pouco mais moderno”, revela Bruno Peres, vendedor projetista. Até sobras de madeira viram dinheiro. Um quadro, por exemplo, custa R$ 500.
Fonte: http://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2012/05/empresarios-investem-em-moveis-feitos-com-madeira-de-demolicao.html
Daniele de Paula
Téc. de Laboratório de Maquete
CAU -UNIP Anchieta
Danielle Santos
Núcleo de Apoio Didático
CAU-UNIP Anchieta
Téc. de Laboratório de Maquete
CAU -UNIP Anchieta
Danielle Santos
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